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Bola de pelos..

Depois que o gato de minha filha morreu, foi o que restou... Uma árvore de pelos, o lugar predileto do bichano onde ele folgueava nas tardes quentes, observava, ronronava e dormia. Seu porto seguro contra cães de rua, cães passeadores e seus donos e principalmente pessoas.

Ele era o retrato do medo, da desconfiança, um eterno susto. Não havia palavra de carinho ou gesto que o fizesse acreditar nos outros, apenas em nós, a sua família.

Aigo, Gordo, Muzi, Muzico, Aigordão, Aigomen, Godo... quantos nomes, um para cada momento do Garfieldão.

Gato medroso, esnobe, imponente, crianção, afável, nervoso, gato de opinião. Gato egoísta, comilão, querido, teimoso, peludo e lindo...tão lindo de chamar a atenção.

Era o príncipe dos felinos com suas meias furadas, seus olhos azuis e sua carinha recheada e fofa quando bem humorado. Agora, ficaram as marcas das patinhas sobre os carros, os pelos espalhados no chão, enroscados nas grades do portão, nos pingos de ouro do jardim e entre as moréias no seu esconderijo. Ficou o seu pratinho preferido e exclusivo de comer ração e a sua imagem refletida na porta de vidro, lembrança do local de satisfação, escudo perfeito de todas as noites quando vinha provocar os cães e zombar, “agora vocês não podem me pegar...sou livre e vocês não .”

Aigo foi um bichano feliz e amado, diferente e por isso único. Em cada canto de nossa casa e de nossas vidas, uma marca sua e pelos, muitos pelos sempre voando de um lado para o outro...

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